sábado, 24 de fevereiro de 2018
sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018
Compras
Realizei um aporte aumentando a base de cotas do portfólio em 0,4%, o que perfez um caixa de aproximadamente 0,4% também. O caixa estava zerado.
Utilizei 53% deste caixa para aumentar posição de Bitcoin em 4%, que agora representa 6% do portfólio.
Os 47% restantes utilizei para aumento de Renda Fixa em 3%. Comprei cotas de um fundo DI pós-fixado de liquidez imediata. Alocação em RF está em 6% do portfólio.
Utilizei 53% deste caixa para aumentar posição de Bitcoin em 4%, que agora representa 6% do portfólio.
Os 47% restantes utilizei para aumento de Renda Fixa em 3%. Comprei cotas de um fundo DI pós-fixado de liquidez imediata. Alocação em RF está em 6% do portfólio.
terça-feira, 20 de fevereiro de 2018
Sobre bolhas, por Ken Fisher
Bolhas geralmente são mal compreendidas. Sabichões sempre enxergam bolhas inexistentes enquanto perdem de vista as que de fato existem. Dizem-nos regularmente que bull markets são bolhas, desde seus inícios. Títulos de renda fixa, ouro, prata, imóveis. Todos, quando em alta, já foram erroneamente considerados bolha durante as duas últimas décadas. Bolhas verdadeiras são raras e comummente despercebidas.
Bolhas são eventos relacionados à psicologia de massa. Quando estamos numa, quase todos são pegos de surpresa. Até mesmo as pessoas mais inteligentes do mundo! Sir Isaac Newton perdeu uma fortuna na bolha da South Sea. Inicialmente ele pareceu esperto, dobrando seu dinheiro logo após ter entrado, mas viu que seus amigos estavam ganhando mais dinheiro que ele. Então ficou com dor de cotovelo, ganancioso e ficou quase all-in perto do topo. Desceu a ladeira comprado, perdendo 20 mil libras - mais de 3 milhões de dólares de hoje. Ele quase faliu. Após, comentou: "Eu posso calcular o movimento das estrelas, mas não a loucura das pessoas."
Em bolhas verdadeiras, até mesmo pessoas sensatas encontram mil motivos para explicar porque "desta vez é diferente". Oferta e demanda deixam de ser importantes. Lucros não importam desde que os charmosos IPOs consigam cliques. Os poucos que conseguem identificar a bolha ficam escondidos pelos cantos.
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Do livro Beat the Crowd (2015). Tradução minha.
Bolhas são eventos relacionados à psicologia de massa. Quando estamos numa, quase todos são pegos de surpresa. Até mesmo as pessoas mais inteligentes do mundo! Sir Isaac Newton perdeu uma fortuna na bolha da South Sea. Inicialmente ele pareceu esperto, dobrando seu dinheiro logo após ter entrado, mas viu que seus amigos estavam ganhando mais dinheiro que ele. Então ficou com dor de cotovelo, ganancioso e ficou quase all-in perto do topo. Desceu a ladeira comprado, perdendo 20 mil libras - mais de 3 milhões de dólares de hoje. Ele quase faliu. Após, comentou: "Eu posso calcular o movimento das estrelas, mas não a loucura das pessoas."
Em bolhas verdadeiras, até mesmo pessoas sensatas encontram mil motivos para explicar porque "desta vez é diferente". Oferta e demanda deixam de ser importantes. Lucros não importam desde que os charmosos IPOs consigam cliques. Os poucos que conseguem identificar a bolha ficam escondidos pelos cantos.
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Do livro Beat the Crowd (2015). Tradução minha.
A importância da mentalidade de portfólio
Tenho algumas posições que não estão indo bem ultimamente. Neste momento, estou com perdas virtuais de -12% em TIET11, -9% em MPLU3 e -4% em TAEE11, sem considerar os dividendos. Minha posição em Bitcoin está no lucro, porém desde seu topo histórico alcançado em dez/17 o ativo está com desvalorização de 43%. Estes são os principais pangarés de curto prazo do portfólio, porém há vários outros ativos que estão abaixo de seus últimos topos.
Isto reforçou em mim a importância de se pensar com “cabeça de portfólio” em vez de ficar tentando adivinhar quais os ativos que irão subir na próxima semana ou mês. Um bom time de ativos tem muito mais força do que este ou aquele ativo sozinho. Enquanto uns caem, outros sobem e, se você escolheu bem o time, a esperança matemática de que a maioria esteja indo bem na maior parte do tempo é favorável.
Ademais, não é de todo ruim o fato de que alguns ativos da carteira estarão indo mal em algum momento; isto faz parte da brincadeira. Se você estudou os fundamentos destes ativos antes de iniciar posição, não há motivos para preocupações caso eles não estejam indo bem em algum momento. Você deve aproveitar estes momentos para comprar mais. Ter onde alocar o fluxo de caixa do portfólio e aportes é uma coisa boa. Se a vida nos dá limões, devemos fazer a limonada.
Muitas vezes, os bons ativos que não estão indo bem hoje - porque a comunidade financeira está de cara virada com determinado setor ou empresa por problemas que cedo ou tarde se resolverão – serão os queridinhos do amanhã; e se você quiser ganhar dinheiro com isto, você deve comprar nas baixas, que ocorrem quando tem mais gente vendendo do que comprando. No mercado há muita gente que vende só porque está caindo e quando isto ocorre em boas empresas temos oportunidades. Geralmente, antes do problema passar o preço já vai ter voltado, pois não é raro os preços andarem a frente dos fatos. Logo, esperar o problema passar pode significar a perda da oportunidade. (Obs.: Não estou falando de caso de empresa em situação especial onde há a necessidade de um turnaround para que a empresa volte a ser lucrativa. Refiro-me a empresas lucrativas que por alguma dificuldade temporária, ou até mesmo por nenhum motivo, estão com preços em baixa.)
Enfim, o que quero dizer com este texto é que a mentalidade de portfólio é de grande valia para que o investidor enfrente com tranquilidade os momentos em que alguns cavalos da carteira estão parados ou andando para trás. Você fica muito mais tranquilo quando está perdendo x com alguns ativos enquanto os demais estão rendendo 2x. Esta tranquilidade é fundamental para que você entre comprando os pangarés de curto prazo que possuem alta probabilidade de se tornarem os alazões dos meses ou anos seguintes.
Apesar destas “perdas”, minha cota registrou ontem mais um topo histórico. Ou seja, o restante do portfólio mais do que compensou o recente desempenho ruins dos ativos citados.
Desempenho da cota 01/01/2017 a 19/02/2018 |
Isto reforçou em mim a importância de se pensar com “cabeça de portfólio” em vez de ficar tentando adivinhar quais os ativos que irão subir na próxima semana ou mês. Um bom time de ativos tem muito mais força do que este ou aquele ativo sozinho. Enquanto uns caem, outros sobem e, se você escolheu bem o time, a esperança matemática de que a maioria esteja indo bem na maior parte do tempo é favorável.
Ademais, não é de todo ruim o fato de que alguns ativos da carteira estarão indo mal em algum momento; isto faz parte da brincadeira. Se você estudou os fundamentos destes ativos antes de iniciar posição, não há motivos para preocupações caso eles não estejam indo bem em algum momento. Você deve aproveitar estes momentos para comprar mais. Ter onde alocar o fluxo de caixa do portfólio e aportes é uma coisa boa. Se a vida nos dá limões, devemos fazer a limonada.
Muitas vezes, os bons ativos que não estão indo bem hoje - porque a comunidade financeira está de cara virada com determinado setor ou empresa por problemas que cedo ou tarde se resolverão – serão os queridinhos do amanhã; e se você quiser ganhar dinheiro com isto, você deve comprar nas baixas, que ocorrem quando tem mais gente vendendo do que comprando. No mercado há muita gente que vende só porque está caindo e quando isto ocorre em boas empresas temos oportunidades. Geralmente, antes do problema passar o preço já vai ter voltado, pois não é raro os preços andarem a frente dos fatos. Logo, esperar o problema passar pode significar a perda da oportunidade. (Obs.: Não estou falando de caso de empresa em situação especial onde há a necessidade de um turnaround para que a empresa volte a ser lucrativa. Refiro-me a empresas lucrativas que por alguma dificuldade temporária, ou até mesmo por nenhum motivo, estão com preços em baixa.)
Enfim, o que quero dizer com este texto é que a mentalidade de portfólio é de grande valia para que o investidor enfrente com tranquilidade os momentos em que alguns cavalos da carteira estão parados ou andando para trás. Você fica muito mais tranquilo quando está perdendo x com alguns ativos enquanto os demais estão rendendo 2x. Esta tranquilidade é fundamental para que você entre comprando os pangarés de curto prazo que possuem alta probabilidade de se tornarem os alazões dos meses ou anos seguintes.
sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018
Compras
Rendimentos dos FIIs deste mês + restos do mês anterior perfizeram um caixa de 0,4% do portfólio.
68% deste caixa foi utilizado para aquisição de LFTs. O restante foi utilizado para aumentar levemente a posição de MPLU3, sem alterações relevantes na alocação do papel, que permanece em 5% da Renda Variável.
68% deste caixa foi utilizado para aquisição de LFTs. O restante foi utilizado para aumentar levemente a posição de MPLU3, sem alterações relevantes na alocação do papel, que permanece em 5% da Renda Variável.
Performance Real - jan/18
O IPCA de jan/18 foi de 0,29%. Portfólio teve retorno real de +2,9% no mês. IBOV e IFIX tiveram retornos reais de +10,8% e +2,3%, respectivamente. A performance real do CDI líquido foi de +0,2% no mês.
Desde que comecei a fechar minha cota diariamente, em jan/17, o IPCA acumula +3,2%. Carteira teve retorno real de +55,9% no período. IBOV e IFIX tiveram retornos reais de +36,6 e +18,7%, respectivamente. O CDI real líquido foi de +5,6%.
Performance real jan-18, IPCA do período: 0,29% |
Desde que comecei a fechar minha cota diariamente, em jan/17, o IPCA acumula +3,2%. Carteira teve retorno real de +55,9% no período. IBOV e IFIX tiveram retornos reais de +36,6 e +18,7%, respectivamente. O CDI real líquido foi de +5,6%.
Performance real jan/17 a jan/18, IPCA do período: 3,2% |
sábado, 10 de fevereiro de 2018
terça-feira, 6 de fevereiro de 2018
Se vierem as promoções, ótimo. Se for alarme falso, ótimo.
A mídia sempre dá a entender que 'investidor' é o sujeito que ganha com a variação dos preços no curto prazo, o que supostamente faria com que ele ficasse assustado nas quedas e eufórico nas altas. Estes indivíduos são especuladores, não investidores.
Ben Graham definiu muito bem o que é investir:
Uma operação de investimento é aquela que, após análise minuciosa, promete a segurança do principal e um retorno adequado. Operações que não atendam estes requisitos são especulativas.
Investir é comprar bons ativos cujos preços são inferiores aos valores intrínsecos. Quedas nos preços, sem alterações nos fundamentos, não assustam investidores de longo prazo, pois quanto menores os preços dos bons ativos, maior é a atratividade para a realização de um investimento de verdade.
E aí? Você está assustado com o crash? Se a resposta for positiva, tenho más notícias para ti.
domingo, 4 de fevereiro de 2018
Acessos do blog
O blog está indo muito melhor do que eu esperava. Desde que iniciei este trabalho em jun/17, foram 50 mil acessos de pessoas de mais de 30 países. Abaixo está a proporção entre os 10 países que mais acessaram:
Meu muito obrigado a todos que frequentam este humilde espaço. Pretendo manter este trabalho por prazo indeterminado, publicando minhas poucas operações, dicas de leitura, reflexões sobre o mercado, estudos, etc. O caminho do autodesenvolvimento é infinito e sempre há muita coisa a ser aprendida.
Grande abraço!
Proporção entre os 10 países que mais acessaram |
Meu muito obrigado a todos que frequentam este humilde espaço. Pretendo manter este trabalho por prazo indeterminado, publicando minhas poucas operações, dicas de leitura, reflexões sobre o mercado, estudos, etc. O caminho do autodesenvolvimento é infinito e sempre há muita coisa a ser aprendida.
Grande abraço!
sábado, 3 de fevereiro de 2018
Sobre supostos motivos de altas e baixas no mercado
Matéria completa |
O noticiário sobre o mercado financeiro adora estabelecer conexões causa-efeito ao comentar o movimento dos mercados. Contudo, penso que a validade destes comentários é, na maioria absoluta das vezes, nula.
Há notícias ruins e boas todos os dias. O que estes "jornalistas" fazem se resume em comentar as variações diárias utilizando as notícias boas para justificar as altas e as ruins para justificar as baixas. Não é plausível afirmar que a maioria dos compradores ou vendedores de determinado dia agem com base em acontecimentos de curtíssimo prazo cujo efeito sobre o futuro é totalmente incerto.
Este tipo de raciocínio desconsidera a relação entre preço e valor dos ativos e é passível do entendimento de que o mercado poderia subir para sempre caso tivéssemos apenas notícias boas, como se o preço dos ativos não tivesse a mínima importância. Justamente por isto topos ocorrem em ambientes positivos que induzem as pessoas à euforia e fundos ocorrem em situação oposta. Por ignorarem a relação preço-valor, nos topos as pessoas acreditam que pode continuar subindo para sempre e pagam caro; e nos fundos acham que pode continuar caindo para sempre e vendem barato.
Mercados sobem ou descem em virtude da resultante de um caos de pensamentos e atitudes que nos diz se a oferta está maior, menor ou igual à demanda. Sim. Há acontecimentos raros onde uma notícia a respeito de um acontecimento em específico provoca euforia ou pânico em determinado dia. Mas, em dias normais, é presunção afirmar que esta ou aquela notícia determinou a relação entre oferta e demanda. Os motivos pelos quais os indivíduos compraram ou venderam são os mais variados possíveis. Caos puro e simples. Um pensa nos próximos 30 anos, outro nos próximos 5 minutos. Um pensa em vender para comprar uma casa ou investir numa fábrica, outro pensa na demanda de aço da China ou no consumo de soja nos EUA.
Não recomendo dar trela para este tipo de notícias sobre o mercado. É muito mais proveitoso focar no valor dos ativos e tentar estabelecer uma opinião consistente a respeito de seus respectivos preços.
Caro, barato ou bem precificado? A precisão desta resposta, apesar de nunca ser exata, pode ir melhorando conforme o investidor vai adquirindo mais carnavais vividos. Quanto mais apurada for noção preço-valor do investidor, melhor será a sua visão para que ele caminhe com tranquilidade, sabendo onde pisar e ignorando aquilo que é irrelevante nos noticiários.
Você não precisa ser o ás do valuation para ter uma noção útil sobre preço-valor. Qualquer coisa já serve. Pois, em terra de cego, quem tem um olho é rei.
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